Jovem morre após parto e médicos não explicam motivo: 'Mataram ela'
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Uma jovem de 22 anos morreu depois de fazer uma cesárea em um hospital
de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a mãe relatou ao G1
nesta segunda-feira (20), a ajudante geral Eliane Rodrigues de Lima, de
37 anos, os médicos não souberam determinar a causa da morte. “Ela não
tinha nenhum problema de saúde. Eles mataram minha filha e eu quero
Justiça”, diz. No obituário, o caso foi registrado como morte
indeterminada.
Eliane explica que a filha teve uma gravidez tranquila, mas nos últimos
15 dias sentiu fortes dores. Conforme relata, Pâmela Suelen Barbosa
Servilho foi ao hospital constantemente durante as duas semanas, mas
sempre era liberada. Os médicos marcaram a cesárea para a sexta-feira,
mas na quarta as dores pioraram. Ela foi internada e fez a cesárea no
dia seguinte, na última quinta-feira (16).
Durante o parto, a jovem estava acompanhada do namorado, que a auxiliou
enquanto ela passava mal. “A Pâmela ficou tonta e disse que estava
vendo estrelinhas. Ela apagou e meu genro foi retirado da sala. Quando
voltamos, eles tentavam reanimar minha filha”, relata a ajudante geral.
Eliane perguntou se a filha estava viva e um dos médicos respondeu que
não sabia. "Queria alguma confirmação, mas fui tratada como animal",
ressalta a mãe.
Assim que a família soube que Pâmela não resistiu ao parto, a mãe
afirma que os médicos questionaram se ela tinha problemas como falta de
ar ou alguma doença cardíaca, mas não explicaram o que ocorreu durante o
parto. “Descaso total. Uma jovem de 22 anos entrar para dar a luz e
sair morta”, lamenta. Ela alega que a filha fez acompanhamento médico, o
pré-natal e todos os ultrassons.
Pâmela é a primogênita de Elaine, que tem outros quatro filhos. Essa
era a segunda gravidez da jovem, que já tinha um filho de quatro anos. A
família registrou Boletim de Ocorrência do caso na Delegacia de Polícia
de Guarujá.
Em nota, o Hospital Santo Amaro, onde Pâmela veio a óbito, afirmou ao G1
que lamenta profundamente o óbito da paciente em questão e informa que
seu corpo foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que
determinará a causa da morte.
O bebê, Leonardo Gael Oliveira Barbosa, foi liberado do hospital no
último sábado (18), e Eliane cuida dele junto com o genro. Eles
alimentam o recém nascido com leite artificial desde o primeiro dia.
Segundo a ajudante geral, toda a família se mobilizou para conseguir as
fórmulas para o bebê, que são muita caras.
A família também publicou pedidos de ajuda nas redes sociais com
doações. A ajudante geral comentou que a situação financeira da família
não é boa, e com a morte da filha ficou ainda mais difícil. "Estou
procurando forças, mesmo que pareça impossível, para cuidar dos meus
dois netos", finaliza Eliane.
G1
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